Uma das maiores necessidades entre marido e mulher é conversar! Essa experiência de trocar conhecimento, de se expressar com liberdade, ao ponto de marido e mulher conseguirem contar um ao outro como se sentem, é uma das experiências mais necessárias e desejadas entre os casais hoje em dia.

O fato é que muitas coisas estão ficando guardadas por muito tempo, engavetadas, gerando uma desconcertante frustração no relacionamento que, é íntimo em vários aspectos, mas sofrido quando o tema é dizer como me sinto, dizer o que eu penso, e quais expectativas se tem um do outro.

É também fato que a gente deseja conversar para falar! Vivemos num mundo onde quase ninguém tem muito ou qualquer interesse em escutar o outro. Estamos com pressa e precisamos realizar uma série de atividades que nos deem uma experiência de efetividade, rapidez e resultado. E acabamos por transmitir estas necessidades para aspectos fundamentais da nossa vida como pessoa humana, como família, como cristãos casados.

O resultado é que temos muito para falar, e temos uma escassez enorme de pessoas que estejam dispostas a nos ouvir.

Entre marido e mulher as coisas não são diferentes: assuntos guardados, coisas importantes deixadas para depois, sentimentos que não são compartilhados e, por isso, pouco aprofundados na experiência pessoal, e a frustração se repete. Na verdade o diálogo é uma conversa que faz a gente fazer a gente crescer e precisa partir do princípio de que ouvir é mais importante do que falar; e é aqui nós temos um grande problema: exatamente porque ninguém quer ouvir, todo mundo quer falar, Eliana e eu, há muito tempo, estamos aprendendo que na base de um verdadeiro diálogo está a nossa capacidade de ouvir. Estamos conscientes de que este é o maior desafio dos casais!

Grande parte das mulheres sofre, e perguntam: Como faço para conversar com meu marido? Existe alguma tática?

Eliana e eu não descobrimos uma tática! Estamos aprendendo um modo de nos comportar que nos conduz a um relacionamento maduro, na direção do nosso crescimento pessoal, como cristãos, e como casal.

Apresentamos, então, três dicas de táticas! Mas atenção: elas somente vão funcionar quando forem aplicadas depois de um tempo satisfatório. Chamamos de tempo satisfatório, aquele tempo que a gente necessita para que as experiências saiam de um nível superficial, sejam digeridas por nós e comecem a fazer parte de quem nós somos.

Portanto, aqui não existe mágica!

Vamos citar algumas táticas!

1 – Demonstre sincero interesse por seu marido.

Antes de desejar ter um diálogo com seu marido, é muito importante que ele perceba que ele tem importância pra você. Uma das maneiras mais eficazes de demonstrar de declarar que alguém é importante para mim, é exatamente quando eu me interesso por aquilo em especial ou por aquelas coisas que são do interesse da pessoa com quem eu desejo de dialogar.

Imaginamos que você concorda que o diálogo é uma expressão de amor e uma experiência de amor, não é mesmo? Portanto vai ser muito importante, antes de focar na necessidade de se encontrar para um diálogo, preparar o terreno do coração da pessoa com quem eu desejo falar. Por isso, demonstre interesse por aquilo que interessa a essa pessoa; mais ainda, demonstre interesse por seu marido. Ainda melhor: você deve demonstrar sincero interesse por ele; e isto, na verdade, é fundamental. Eliana e eu estamos aprendemos que é preciso cuidar do terreno do coração de alguém com quem devemos ou desejamos nos aproximar e conversar; e a melhor forma de fazer isso, é demonstrando sincero interesse pela pessoa.

Claro que isto comporta um aproximar-se concretamente, perguntar como a pessoa vai, observar a pessoa e descobrir quais são os seus interesses, e, depois – mais importante – exercitar-se em demonstrar sincero interesse.

Quando eu me interesso sinceramente por alguém, eu estou dizendo que este alguém é importante.

2 – Exercite-se em desfocar dos problemas.

Existe uma doença chamada “problemocentrismo”, e é bem possível que você já tenha percebido. A pessoa “problemocêntrica’’ está absolutamente centrada nos problemas. Por conta disso, ela compromete toda a sua vida, seus relacionamentos, seu trabalho, sua espiritualidade e crescimento. Para a pessoa “problemocêntrica” tudo é problema. Ela gosta de conversar sobre problemas, tem muita dificuldade de viver sem problemas, se angustia com a possibilidade de ter os problemas resolvidos, sofre por não resolvê-los, mas na verdade ela vive uma espécie de satisfação quando os problemas aparecem.

Uma das piores características da pessoa “problemocêntrica”, é o fato de que ela é incapaz de escutar os outros. Sua centralidade nos problemas é tão gigante, que ela é completamente impedida de escutar alguém, pois, no seu entendimento, não existe no mundo ninguém mais triste sofrida do que ela.

Você pode imaginar que é impossível dialogar com uma pessoa “problemocêntrica”, e que o seu comportamento é capaz de contaminar os ambientes com sentimentos muito negativos.

Agora, você pode imaginar também o desastre que causa uma mulher “problemocêntrica”. Naturalmente, por conta do “problemocentrismo” e suas contínuas armações, não é nenhuma novidade dizer que homem nenhum suporta uma mulher que reclama o tempo todo. Se por acaso você encontra sinais desta doença comportamental em você, é preciso cuidar imediatamente.

3 – Faça silêncio.

Provavelmente você nunca escutou falar sobre a importância do silêncio em um relacionamento. Pode ser que seja uma novidade para você, compreender que o silêncio é sinal de abertura, acolhimento, concessão de espaço para o outro.

O fato é que vivemos num mundo tão barulhento que acabamos por cultivar uma espécie horrorosa de medo do silêncio, e o resultado disso é que não damos espaço para nós mesmos e nossa vida interios, muito menos para os outros.

Experimente começar a fazer silêncio, entrar em contato com seu interior e provar tocar nas coisas que são essenciais pra você. Pode ser também que o silêncio acabe por revelar que as coisas essenciais ainda não foram identificadas. Um grande sinal disso, é quando o silêncio é indicativo imediato de um grande vazio. Portanto, considerar a necessidade de exercitar-se no silêncio, é indispensável.

Quando estou em silêncio ao lado de alguém, eu estou lhe dizendo que sua companhia é muito importante para mim. É exatamente aqui onde o silêncio é um dos ingredientes mais importantes para se cultivar um ambiente de compartilhamento de vida.

Faça silêncio! Se causar estranheza, explique a seu marido que você está interessada em ouvi-lo!

Por favor, nos envie seus comentários e reflexões surgidas à partir deste artigo. Eliana e eu entendemos que assuntos como estes desencadeiam um processo imperioso na vida das pessoas, e você também pode nos ajudar!

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