Imagine alguém que, todos os dias, chegando em casa, é submetida à grosseria, tem roubada a alegria, sente-se perdendo o controle emocional, se angustia por conta do desânimo e, pior ainda, encontra-se na mais completa e triste solidão. Não existe experiência de compartilhamento, companheirismo…. Palavras ou gestos de carinho e sincero interesse são coisas que, praticamente, não existem. São grosserias e mais grosserias numa repetição dolorida, às vezes assustadora, ao ponto de intimidar o gosto pela vida e por si mesma. 

O fato de você se sentir petrificada por não saber o que fazer, como reagir, só pioram as coisas. Infelizmente, as ameaças de ordem física e psicológica, somadas ao medo de causar danos aos filhos, são particularidades que só uma mulher, mãe e esposa sabe suportar.

Sim, suportar!!! E aqui está outro grande perigo! Até quando suportar, se você deve suportar e como fazer isso!

E ATÉ QUANDO VOCÊ TEM QUE SUPORTAR? VAMOS TE RESPONDER  AGORA!

Algumas palavras são importantes neste contexto: suportação e resiliência!

O site www.marisapsicologa  ensina que “a palavra Resiliência vem do Latim: Resilire, que significa recusar, voltar atrás. Na psicologia, significa voltar ao estado anterior. Em física, resiliência se refere a capacidade que um material tem em suportar grandes impactos de temperatura e pressão, se deformar ao extremo, mas pouco a pouco conseguir se recuperar e voltar à sua forma anterior, original.

Ou seja, resiliência é a capacidade que um material tem de se deformar inteirinho, quase “morrer”, para então conseguir ir voltando ao que era antes, se refazer e se reconstruir. Esse termo passou por uma adaptação nas ciências humanas e hoje representa a capacidade de um ser humano de sobreviver a um trauma, a resistência do indivíduo , não só a resistência física, mas a visão positiva para se reconstruir.”

Mas o que devo suportar?

Flávio Gikovate, foi um médico psiquiatra, psicoterapeuta, e escritor brasileiro, e conta no contioutra.com que a suportação de um sofrimento está ligada a vários fatores, entre eles, a coisas que a gente não pode mudar na vida, como a morte, por exemplo. Depois, existem também dores íntimas como as depressões, os fracassos profissionais ou amorosos e outras experiências de sofrimento; são sofrimentos circunstanciais, como me envolver com pessoas que, ao longo do tempo, vou verificando que me fazem sofrer, por exemplo, com tratamento grosseiro de todo tipo, como vimos antes. Diante deste último tipo de sofrimento, é preciso que se faça algo, e é isso que vamos ver agora!

O QUE FAZER?

1 – Não aceite as grosserias e, de maneira calma, se coloque falando que você não é aquilo que está sendo dito, que você discorda e não aceita; e merece respeito.
Esta é uma tarefa exigente mas necessária, pois busca educar a quem profere grosserias. Entretanto, aqui também se trata de uma tarefa que visa o não admitir que sejam sentenciados conceitos errados sobre alguém e, por isso, torna-se saudável e muito importante para que ninguém sucumba a mentiras a seu respeito. Mulheres que vivem num ambiente grosseiro, se não se cuidam, acabam se submetendo ao que é dito.

2 – Se a grosseria continua, converse e diga que está sendo desrespeitada, que é um ser humano.
Aqui está um reforço importantíssimo ao item anterior pois, por mais cansativo que possa ser – e é -, o fato de não admitir grosserias é uma maneira de não sucumbir, mas vai além. Trata-se, através desta atitude, de continuar dando a si o valor que se tem e não desistir de crescer e ser melhor.

3 – Separe a grosseria de quem a faz.
Muitos comportamentos da pessoa grosseira compulsiva, por exemplo, são resultado de algum tipo de enfermidade de ordem psicológica, no mínimo. Daí, é preciso separar o ato da pessoa que o praticou. Porém, provavelmente, neste momento, será preciso se valer de um acompanhamento/orientação profissional.

4 – Dê um gelo e um prazo, se a grosseria persistir.
Tendo a pessoa sido treinada nos passos anteriores, será preciso estabelecer limites e, sem sombra de dúvidas, ser capaz de executá los. Algumas mulheres, por falta de habilidade e compromisso consigo mesmas titubeiam nesta hora tão importante. Os prazos existem para declarar que virão consequências mais duras se o comportamento grosseiro persistir. O que for dito, deverá ser feito.

No Brasil a Lei Maria da Penha é uma lei federal brasileira, cujo objetivo principal é estipular punição adequada e coibir atos de violência doméstica contra a mulher. Decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006, a lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006. Desde a sua publicação, a lei é considerada pela Organização das Nações Unidas como  uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres. Além disso, segundo dados de 2015 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a lei Maria da Penha contribuiu para uma diminuição de cerca de 10% na taxa de homicídios contra mulheres praticados dentro das residências das vítimas.

A ementa da lei diz[1]:

“Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.”

— LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006, Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

Posicione-se agora, hoje, mais vezes, amanhã e sempre! 

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